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Na estante: Um caminho para a liberdade, de Jojo Moyes

by - terça-feira, março 29, 2022

Antes da metade da leitura, esse é um dos livros que entrou pra lista dos meus favoritos da vida! Que história mais linda e encantadora. Recomendo muito que o mundo todo leia, sério mesmo!

Essa é uma história baseada em fatos reais que aconteceu na década de 1930, que conta sobre 5 bibliotecárias do Condado de Kentucky que levavam livros a cavalo até as comunidades mais carentes, para que pessoas que não tinham acesso a parte central da cidade tivessem a oportunidade de aprender e também de conhecer novas histórias.

Nesse livro a Jojo pegou muito forte na crítica social em relação a discriminação da figura feminina e dos negros (naquela época por exemplo, existiam lugares para os negros e lugares para os brancos, e não era permitido que negros frequentassem os lugares dos brancos, um enorme absurdo!), e também toca na ferida da exploração injusta da mão de obra e dos recursos naturais. Quando eu li Como eu era antes de você eu não era muito ligada nos paranauês de críticas sociais no meio de um romance, então não lembro se tinha alguma lá, mas quando eu li A última carta de Amor, lembro bem da crítica contra o capitalismo que explora os recursos naturais e a mão de obra barata. Eu já amo a escrita da Jojo, e o fato de ela abordar esse tipo de coisa faz eu ser ainda mais fã. 


Mas então, das 5 bibliotecárias (Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy), temos duas protagonistas que tomaram conta do desenrolar de boa parte do romance: a Alice e a Margery.

Alice é uma moça inglesa que casou com o filho do empresário mais rico de Kentucky. Eles se conheceram na Inglaterra, se apaixonaram e sem esperar muito tempo se casaram, e logo em seguida Alice foi embora com ele para essa cidade do interior dos Estados Unidos. Só que essa paixão que apareceu mais pelo encanto que eles tiveram da beleza de um pelo outro, acabou virando em um pesadelo quando eles foram se conhecendo melhor, e a cada dia Alice se sentia mais infeliz no casamento. O marido, Bennet, não era uma má pessoa, mas era totalmente manipulado e fazia todas as vontades do pai, o que dificultava muito o relacionamento do casal. 
A evolução da personagem Alice é incrível, de uma mulher que foi ensinada a ser submissa, a gente vai conseguindo ver a força e a determinação dela crescendo e se impondo, se descobrindo uma mulher destemida e corajosa.

Margery precisou aprender a ser forte e se tornou desde muito cedo a mulher mais destemida da região. Ela sempre morou em Kentucky e seu pai, um contrabandista de bebidas, era um dos homens mais perigosos do Condado. Mesmo que apenas ela tenha restado viva de todos os membros da família, a reputação de seus antecessores fazia com que uma parte da cidade fosse contra ela.
A evolução da Margery na história também é linda, mesmo sempre gentil, ela é mulher orgulhosa que parecia não ter sentimentos (por defesa mesmo, sabe?), e com o tempo a gente começa a conhecê-la melhor e percebe que ali dentro bate um coração muito amoroso e que também precisa ser cuidada.

Sério gente, mais pro fim do livro eu me lavei de chorar. Foi emocionante, lindo, perfeito. 

Em cada detalhe que vai dando desfecho pra história, a coisa toda vai ficando mais emocionante. Mesmo sendo minuciosa em detalhes, a autora sabe como prender a atenção do leitor.

De quebra, depois de terminar a leitura, eu pesquisei no Google e encontrei uma entrevista da Jojo pro site da Intrínseca, onde ela contou sobre a inspiração pra escrever esse livro. Vou deixar o link aqui pra quem quiser ler também. A escritora tinha ido tirar férias pois estava com bloqueio criativo, só que durante esse tempo de descansar, ela conheceu a história das bibliotecárias e quando percebeu já estava iniciando a pesquisa pra começar o romance.

Espero que vocês tenham gostado dessa dica! Quem ler esse livro, me conta depois! 

Beijos e até!

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